Em
economia
, um
bem
(do termo
latino
bene
) e tudo o que tem utilidade, podendo satisfazer uma necessidade.
[
1
]
[
2
]
Tipicamente, um bem economico e algo tangivel, em contraste com os
servicos
, que sao intangiveis. Como tal, pode ser comprado e vendido. Por exemplo, uma
maca
e um bem tangivel, enquanto um corte de cabelo e um servico intangivel.
Os
bens economicos
constituem recursos apropriados a satisfacao das necessidades economicas. Permitem pelo seu emprego obter sensacoes de prazer, ou o afastamento de sensacoes ligadas a dor.
Utilidade economica
e a suscetibilidade dos bens economicos satisfazerem necessidades. Assim, a utilidade e a propriedade ou a especial vocacao dos bens economicos para satisfazerem necessidades. Contudo, a nocao de
utilidade economica
distancia-se do sentido vulgar, ou do sentido moral do termo, ela e comummente alheia aos efeitos uteis ou prejudiciais de um determinado bem (do ponto de vista estritamente economico, o que importa e que seja desejado e tenha procura), portanto nao e uma qualidade objetiva, mas um conceito basicamente subjetivo.
A utilidade correspondente a uma unidade adicional de determinado bem (
utilidade marginal
) vai decrescendo a medida que o consumidor obtem mais unidades daquele bem, podendo ser igual a 0 (zero) ou mesmo ser negativa.
[
3
]
Sao relativamente escassos e supoem a ocorrencia de esforco humano na sua obtencao e, por outro lado, os bens tem que se encontrar disponiveis na sua apropriacao. Por exemplo, os diferentes tipos de metal do planeta Saturno nao constituem
bens economicos
.
[
3
]
|
Excludente
|
Nao-excludente
|
Rival
|
Bens privados
Alimentos, vestuarios, veiculos, estacionamentos, etc..
|
Recursos comuns
Estoques de pesca, madeira, carvao, etc..
|
Nao-rival
|
Recursos artificialmente escassos
Parques privados, televisao por satelite, transportes publicos concessionados, etc..
|
Bens publicos
Televisao aberta, ar, defesa nacional, software livre e de codigo aberto, etc..
|
Quando os objetos em causa existam em quantidade e em condicoes tais que o homem os possa obter sem esforco, nao se trata de bens economicos mas de
bens livres
. Por exemplo, e o caso do ar da atmosfera ou da agua do mar, visto que existem nao em quantidades fisicamente ilimitadas, mas superiores as normais exigencias das necessidades a satisfazer e em condicoes de facil emprego.
[
3
]
Frequentemente, os bens economicos nao sao um corpo fisico, com forma, volume e peso, porque a satisfacao das necessidades foi ocasionada pelo recurso a
bens imateriais ou
servicos
. Caso de um projeto elaborado por um arquiteto, intervencao de um medico, ou o trabalho feito numa oficina. Alias, entende-se que o que interessa, em termos economicos, nao e a materialidade, mas os beneficios que se obtem, sendo o conceito de bem economico, como se viu, muito mais
lato
.
[
3
]
Referencias
- ↑
Sandroni, Paulo
(org.) -
Novissimo Dicionario de Economia
. Sao Paulo: Best Seller, 1999, p. 51.
- ↑
FERREIRA, A. B. H.
Novo dicionario da lingua portuguesa
. 2ª edicao. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 246.
- ↑
a
b
c
d
Martinez, Soares,
Economia Politica
, 8ª ed., Coimbra:Almedina, 1998, pp 100-101
ISBN 972-40-1146-1
- Castaneda, Jose,
Lecciones de Teoria Economica
, 5ª reimpr., Madrid, 1982, pp.93-142
- Guitton, Henri e Vitry, Daniel,
Economie Politique
, 14ª ed., Paris, 1985, pp. 162-177
- Salozabal, Jose Maria,
Curso de Economia
, 4ª ed.,Bilbau, 1985, pp. 25 e s.