Arqueologia da infancia

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A arqueologia da infancia e um subcampo tematico dentro da arqueologia . Trata-se de compreender como as sociedades humanas compreendem a fase da infancia , bem como de buscar entender como as criancas vivem ou viveram em diferentes contextos culturais e sociais, por meio de objetos e outras materialidades relacionadas a esta fase da vida humana. Alguns registros mais comuns em sitios arqueologicos sao as marcas de maos de criancas em pinturas rupestres [ 1 ] , pequenos artefatos ceramicos - como vasilhas - produzidos por criancas [ 2 ] , brinquedos [ 3 ] [ 4 ] , vestimenta , partes anatomicas de individuos nesta etapa de crescimento - esqueletos , ou outros registros associados as criancas. A arqueologia da infancia pode ser entendida como um campo interdisciplinar dentro da propria arqueologia, uma vez que interage com outros subcampos como a bioarqueologia , arqueologia industrial , arqueologia de Genero , entre outros.

Por muito tempo, as criancas passaram despercebidas por arqueologos e arqueologas no registro arqueologico. Somente apos o surgimento das teorias feministas na arqueologia, que as criancas foram melhores estudadas no campo. [ 5 ] Hoje compreende-se que o estudo das criancas na arqueologia e necessario e importante, pois considera-se que as criancas sao individuos que alteram e que participam ativamente das sociedades as quais fazem parte, portanto sujeitos capazes de criar lacos, vinculos e normas proprias, seja por meio de brincadeiras, mas tambem participando ativamente de aspectos economicos de suas comunidades.

Referencias

  1. MARQUES, M. A infancia e o sistema semiotico de maos carimbadas na arte rupestre. Revista de Arqueologia , v.31, n.2, 147-157.
  2. PROUS, A.; PANACHUK, L.; JACOME, C. Brincando de panelinha... os potes Tupiguarani em miniatura e as vasilhas para treinamento. In: LIMA, T. A. (org.). A (in)visibilidade de criancas no registro arqueologico . Rio de Janeiro: Museu Nacional, 2019.
  3. LIMA, T. A. Brinquedos subliminares: doutrinacao de criancas e introjecao de papeis de sociais no Rio de Janeiro oitocentista. In: LIMA, T. A. (org). A (in)visibilidade de criancas no registro arqueologico . Rio de Janeiro: Museu Nacional, 2019. p.67-91.
  4. SILVA, A. F. Infancia, genero e brinquedos: reflexoes sobre a construcao da domesticidade feminina atraves das coisas contemporaneas de brincar. Revista de Arqueologia , v.31, n.2, 2018, p.176-196.
  5. BAXTER, J. E. The archaeology of childhood: children, gender, and material culture . Walnut Creek : Altamira, 2005.