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Alonso III de Fonseca

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Alonso III de Fonseca

Alonso III de Fonseca ( Santiago de Compostela 1475 ? Alcala de Henares 4 de fevereiro de 1534 ), de nome completo Alonso de Fonseca y Ulloa , foi arcebispo de Santiago de Compostela e de Toledo . Foi um protetor e mecenas do humanismo e um dos principais impulsionadores da Universidade de Santiago de Compostela .

Inicios [ editar | editar codigo-fonte ]

Nasceu em Santiago de Compostela em 1475, na rua do Franco. Era filho do arcebispo Alonso II e de Maria de Ulloa, senhora de Cambados (1436?1506) . [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ] Estudou Artes na Universidade de Salamanca . Em vida acumulou uma grande riqueza tendo herdado dos seus pais 10 891 000 maravedis mais outros 7 milhoes do senhorio de Monterrei .

Foi conego compostelano desde 1490, arquidiacono do Salnes em 1493, arquidiacono de Cornado em 1496, cura de Santa Maria de Pontevedra e Sao Pedro de Santa Comba e abade da Colegiada de Santa Maria do Campo corunhesa em 1512.

Durante os anos nos quais fez parte do Cabido Compostelano, seu inimigo Diego de Muros III , tambem um grande interessado no humanismo , desde seu cargo de Deao consolidava o Estudio Geral e o Grande Hospital.

Arcebispo de Santiago de Compostela [ editar | editar codigo-fonte ]

Escudo de Alonso III de Fonseca numa das muitas casas de Compostela que o luzem

Em 1507 foi nomeado arcebispo de Santiago, cargo que ocupara ate 1523. Para escapar da proibicao canonica de suceder ao seu pai, viajou com ele a Roma e a Napoles . Pedro Luis de Borgia (sobrinho do Papa Alexandre VI ) foi nomeado sucessor por um brevissimo periodo, de maneira que se venceu o obstaculo.

Durante todo o seu mandato contou com a oposicao da maioria do Cabido dirigida pelo Deao Diego de Muros III. Em 1511 promoveu a reforma do cabido, a imagem de outras reformas iniciadas na epoca, enfrentando a oposicao deste. Houve decisoes provisorias nos anos 1515 e 1516, chegando-se a uma concordia definitiva em 1523

Teve que fazer a frente de Rodrigo Osorio de Moscoso , conde de Altamira , pertencente a uma nobreza muito expansionista e proxima a Corte dos Reis Catolicos que demandava seus direitos senhoriais e nomeadamente o titulo de Pertegueiro Maior .

Tambem manteve pleitos de jurisdicao com os nobres Pedro Bermudez de Castro , Senhor de Montaos ou Alonso de Lemos , Senhor de Sober, e pos freio as injusticas dos governadores, dos dois prefeitos maiores da Real Audiencia de Galicia, mediante sua proximidade aos monarcas e ao papado. Manteve tambem pleitos com os monges beneditinos do Mosteiro de San Martino Pinario . Os confrontos com os representantes do poder real foram continuos e graves, como o do ano 1509 ou o do ano 1511, que provocaram que se lhe impusessem sancoes. A ameaca de uma guerra com Franca e iminentes ataques a costa galega e o fato de que o arcebispo era o principal baluarte defensivo da regiao fizeram com que os reis lhe levantassem as sancoes e ordenassem aos prefeitos que deixassem de residir em Santiago e realizassem seus trabalhos de forma itinerante.

Quedaram na memoria os solenes funerais que oficiou pela morte do seu pai, em 1512. A eles compareceram Gonzalo Fernandez de Cordoba , conhecido como O Grande Capitao , que ofereceu suas vitoriosas armas ao Apostolo Santiago .

Nos anos 1516 e 1517 a peste assolou Santiago por mais de 8 meses.

Depois da peste na Espanha, o novo monarca Carlos V e a Revolucao das Comunidades desenham um nova panorama.

Liderado politico [ editar | editar codigo-fonte ]

Carlos V, de quem Afonso III foi conselheiro

No plano politico aparece ligado as altas decisoes da corte desde a coroacao de Carlos I e a guerra das comunidades, sempre tomando parte por este. A isto contribuiu sua nomeacao como membro do seu Real Conselho.

Assumiu um papel de liderado das reivindicacoes da aristocracia galega e do Reino da Galiza . Assim, nas Cortes reunidas em 1520 em Santiago e na Corunha , pos-se a frente do protesto da aristocracia galega pela sua exclusao nas ditas Cortes. O Reino da Galiza estava representado por Zamora , o que foi motivo de uma agitada demonstracao de descontentamento ante as portas de Sao Francisco, onde se reuniram os procuradores castelhanos e flamencos.

Liderou em 14 de Dezembro de 1520 a Assembleia de Melide , representativa da classe dirigente do Reino da Galiza , durante a qual foram tomadas as seguintes resolucoes:

  • Manter o Reino da Galiza a margem da sublevacao comuneira castela e com a ajuda de Fernando de Andrade , sufocar os movimentos comuneiros na Galiza de Ourense e Betanzos .
  • Exigir o voto nas Cortes para o dito Reino.
  • Solicitar uma casa de contratacao de comercio para a Corunha.
  • Obter a criacao da Capitania Geral de Galiza em 11 de Abril de 1521.

Realizou tambem trabalhos de mediacao no levantamento das germanias valencianas e desde 1522 converteu-se em diplomata e conselheiro real, permanecendo continuamente junto ao Imperador.

Os seus objetivos pessoais mudaram. Perseguiu em primeiro lugar a se primaz de Toledo, a qual obteve em dezembro de 1523.

Arcebispo de Toledo [ editar | editar codigo-fonte ]

Alonso III de Fonseca, no Colegio de Fonseca

Foi nomeado arcebispo de Toledo e Primaz das Espanhas , cargo no qual substituiu ao falecido Cardeal Cisneros e que ocupou ate sua morte. No entanto, sua ambicao levou-o a perseguir o titulo cardinalicio, luta a que se dedicou desde o ano 1525, sem obter o sucesso.

Durante todo o seu mandato manteve uma arbitragem ou concordia com o seu sucessor em Compostela (e que tambem o seria na Se toledana), Juan Pardo de Tavera , que lhe reclamava as despesas produzidos pelas desfeitas dos Irmandinhos nas fortalezas e bens da igreja compostelana e o desleixo dos dois Fonsecas, Alonso II e ele. Conhece-se este fato por documentos tais como o Pleito Tabera - Fonseca .

Chamou e favoreceu intelectuais, artistas e humanistas. Batizou a Filipe II . Assentou sua residencia em Alcala de Henares , onde faleceu em 4 de Fevereiro de 1534. Foi enterrado no Convento das Ursulinas de Salamanca . Seu filho Diego de Acevedo e Fonseca , fruto das relacoes com a aristocrata Joana de Pimentel, esteve ao servico do rei e teve morgado na Galiza.

Marca cultural [ editar | editar codigo-fonte ]

Em Santiago, Toledo e Salamanca Alonso III deixou marcas do seu mecenato, de notavel carater humanista, promovendo a introducao das novas formas renascentistas provenientes da Italia .

Fundou o colegio de Santiago, em Salamanca, para os clerigos galegos que la iam estudar. Alcancou a bula do Papa Clemente VII , de 15 de Marco de 1526, para a fundacao de um Colegio novo com o titulo de Santiago Alfeu, o atual Colegio de Fonseca . Nela autorizava-se a construcao de um colegio novo ou a ampliacao do existente Estudio Velho, fundado por Lopo Gomez de Marzoa , com a incorporacao das rendas deste e a introducao do ensino de Artes , Teologia e Direito . No seu testamento de 1531, estabeleceu as linhas gerais da sua fundacao.

No plano cultural, ligou-se aos movimentos humanistas que chegavam a Espanha , protegendo a erasmistas e iluministas . Exemplo de isto foi sua amizade com Perez de Oliva. Seu trabalho humanista teve projecao continental. Manteve correspondencia com Erasmo de Rotterdam (seu secretario mantinha relacoes de amizade com ele). Erasmo chegou a dedicar duas das suas obras a Dom Alonso, o que tambem fez o destacado humanista espanhol Alvar Gomez de Castro .

Alonso III tambem situou a Igreja galega, e posteriormente toda a Igreja espanhola, nas correntes culturais da epoca.

Sua pegada em Santiago de Compostela [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 1521, deu inicio as obras do claustro da Catedral de Santiago de Compostela - ja formuladas por seu pai - conduzidas pelo arquiteto Juan de Alava , em formas goticas , mas ja incorporando novidades renascentistas . Alem de Juan de Alava, Alonso atrai alguns dos mais importantes arquitetos dos inicios do Renascimento espanhol , como Alonso de Covarrubias ou Diego de Siloe .

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

  1. Centro Virtual Cervantes. Alonso III de Fonseca
  2. Sologenealogia. Senora de Cambados Maria de Ulloa
  3. Armesto, Victoria Galicia Feudal . Vigo: Galaxia, 1971, 2ª ed.

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Vazquez Bertomeu, Mercedes. El archivo de Alonso de Fonseca III, arzobispo de Santiago . Estudios mindonienses: Anuario de estudios historico-teologicos de la diocesis de Mondonedo-Ferrol, ISSN 0213-4357, Nº. 17, 2001 , pags. 525-573. (em castelhano).
  • Garcia Oro, Jose e Portela Silva, Mª Jose. Os Fonseca na Galicia do Renacemento. Da guerra ao mecenato .(2000). Serie Trivium. Editorial Toxosoutos. ISBN 84-89129-92-4

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]

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Precedido por
Pedro Luis de Borja
Arcebispo de Compostela - Iria
1507 - 1524
Sucedido por
Juan Pardo de Tavera