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Adriano do Amaral

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
Adriano do Amaral
Adriano do Amaral
Auto-retrato, 1964
Nome completo Adriano Monteiro do Amaral
Nascimento 21 de marco de 1941
Povoa de Varzim
Morte 15 de maio de 2010  (69 anos)
Porto
Nacionalidade Portugal portuguesa
Ocupacao artista , professor , restaurador , perito

Adriano Monteiro do Amaral ( Povoa de Varzim , 21 de Marco de 1941 ? Porto , 25 de Maio de 2010 ) foi um artista plastico , professor , restaurador e perito portugues .

Adriano do Amaral, Porto, 1960

Vida e Obra [ editar | editar codigo-fonte ]

Nasceu na Povoa do Varzim , [ 1 ] [ 2 ] onde viveu ate aos onze anos com os seus pais e as irmas Lina, Gena e Julia.

Em 1952 a familia deixa a Povoa, o pai Adriano, sua mae Teresa e seus quatro filhos, mudam-se definitivamente para a cidade do Porto, na busca de melhores oportunidades de estudo para os seus filhos.

No Porto, iniciou os seus estudos artisticos em 1956 na Escola Soares dos Reis , onde foi aluno de Antonio Cruz e Mendes da Silva.

Esta escola e fundamental para o seu percurso artistico, foi la que descobriu o desenho, a pintura e a escultura. Cultivou amizades, em especial com professores que o acompanharam toda a vida.

Auto-retrato, oleo sobre madeira, 1974

Anos 60 [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 1960 matriculou-se no curso superior de pintura da Escola de Belas Artes do Porto , tendo como principal referencia Lagoa Henriques , no entanto nao se adaptou.

Abandonou a FBAUP em 1964 , apos ter entrado em conflito com o professor de pintura, pediu entao transferencia para a ESBAL de Lisboa , onde encontra o seu grande amigo, mais tarde seu cunhado, o filosofo Carlos Amorim.

Vive intensamente Lisboa, onde estuda na ESBAL , paralelamente trabalha no Instituto Jose de Figueiredo e desenvolve trabalhos de conservacao com Edmundo Silva.

Foi tambem bolseiro da Fundacao Calouste Gulbenkian, [ 3 ] realizou trabalhos no Museu de Arte Antiga e conclui o curso da ESBAL em 1967 .

Oleo sobre madeira, 1967

Apos uma temporada em Roma e Florenca , regressa ao Porto em 1968 , periodo em que se acentua a sua paixao pela cultura classica, que mais tarde surge na sua pintura nos anos 80.

Em Setembro desse mesmo ano, inicia a sua atividade como professor na Escola Preparatoria de Anadia .

Anos 70 [ editar | editar codigo-fonte ]

Alto-mar, 1975

No inicio dos anos 70 desenvolve um conjunto de trabalhos, com o titulo "Portugal que se despede". Talvez por influencia da sua estadia em Italia , estes trabalhos estao mais proximos do neorrealismo do cinema italiano.

Em 1973 e convidado a abrir a Escola C+S D.Duarte em Baiao e escreve um livro com o titulo "Estudo do Movimento".

Em 1975 e professor em S. Pedro da Cova, onde foi fundador do Museu Mineiro. Adriano Amaral empenhou-se entao, na preservacao das minas e deste patrimonio industrial, no momento de grande crise em que estavam todas a encerrar. A construcao do museu foi vital para salvar a memoria da regiao.

O museu foi inaugurado em 1976 .

E tambem na decada de 70, que realiza alguns trabalhos como cenografo para varios grupos de teatro amador.

Em 1977 nasce a sua fase surrealista , um surrealismo mitologico , muito inspirado na cultura classica, que se confronta com todo o universo freudiano da psicanalise. Sente-se seduzido pelo surrealismo de Cruzeiro Seixas e fascinado pelo filme de Alfred Hitchcock " Spellbound " de 1945 .

Anos 80 [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 1980 abre na cidade do Porto , o Atelier de Restauro Adriano do Amaral, espaco que foi responsavel pela recuperacao de vasto conjunto de patrimonio artistico, tanto de instituicoes como de particulares.

Esta era uma antiga ambicao sua, por em pratica todos os conhecimentos, experiencia que adquiriu no Instituto Jose de Figueiredo e o Museu de Arte Antiga .

A peritagem e a investigacao passaram a fazer parte do processo de recuperacao dos objetos artisticos, assim como a sua classificacao. [ 4 ]

Ao longo de 40 anos aplicou novos processos e metodologias de investigacao, que foram fundamentais na identificacao, de perto de um milhar de obras falsificadas de artistas famosos.

Na pintura ao longo de toda a decada de 80, continua a trabalhar em redor do surrealismo Freudiano e o mundo dos sonhos. [ 5 ] [ 6 ]

Nesta fase surrealista, a cidade do Porto e frequentemente transportada como cenario de fundo em varios das suas pinturas, devido ao seu amor pela cidade.

Em 1989 pinta o retrato do Duque da Ribeira .

DNA, 1992

Anos 90 [ editar | editar codigo-fonte ]

A partir dos anos 90, o seu surrealismo vai-se desconstruindo, transformando-se em linguagens que cruzam varios movimentos artisticos do seculo XX, em especial o cubismo.

Nesta decada de 90, o seu atelier de restauro da particular atencao a instituicoes, em especial o patrimonio da Igreja Catolica . Foram assim realizadas algumas obras de grande dimensao, exemplo disso foi o caso enorme teto da Igreja S.Cipriano em Pacos de Brandao . [ 7 ]

Por iniciativa do padre Joaquim Correia inicia-se um processo longo para salvar esta obra de arte das "chamas", pois o teto iria ser destruido na remodelacao da igreja. Esta foi uma intervencao profunda orientada por Adriano Amaral, que recuperou totalmente esta peca importante do nosso patrimonio, que mais tarde durante o processo se veio a descobrir ser da autoria de Domingos Teixeira Barreto.

Em meados dos anos 90 numa peritagem no seu atelier, [ 8 ] descobre um auto-retrato de grandes dimensoes de Edgar Degas , uma obra importante que estava perdida e desconhecida da historia da arte.

O feliz proprietario era um emigrante portugues em franca, que recebeu este quadro por heranca de seu pai, mas que desconhecia o seu real valor e autor. Mais tarde o proprietario vendeu o quadro em leilao em 1996, na Sotheby's .

2001-2010 [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 2001 , encerra a sua atividade como professor dando a sua ultima aula na C+S Pero Vaz de Caminha.

Nos seus ultimos anos, viveu intensamente o atelier, mergulhado na sua pintura, no estudo e na investigacao.

A sua pintura cada vez mais simplificada, desagua em um minimalismo que seria abandonado perto da sua morte.

A sua ultima fase surge em meados de 2007 , leva-nos para um retorno ao inicio do seu percurso artistico, como um circulo que se fecha.

A mulher volta a ser figura central, mulheres sentadas ou deitadas numa atmosfera azul, esperam adormecidas pelo nosso olhar.

A fase azul fica assim inacabada.

Adriano Amaral encerrou o atelier poucas semanas antes de sua morte, apos 35 anos de atividade.

Faleceu em 15 de maio de 2010 .

Vida Pessoal [ editar | editar codigo-fonte ]

Casou-se com Maria de Fatima Amorim em 25 de Julho de 1970 .

Filho, Carlos Manuel do Amaral, nascido 1971 (Amaral), nome artistico.

Filho, Ricardo Fernandes do Amaral, nascido em 1980 , professor.

Galeria de imagens [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

  1. O Comercio da Povoa de Varzim . Povoa de Varzim, 4 de setembro de 1986, p. 6
  2. Voz da Povoa. Povoa de Varzim, 18 de setembro de 1986, p. 6
  3. O Comercio do Porto. Porto, em 31 de dezembro de 1994, p. 4
  4. O Primeiro de Janeiro, volume aniversario. Porto, em 1 de dezembro 1983, p. 20, 21
  5. O Comercio do Porto, jornal. Porto, em 5 de abril de 1984.
  6. O Primeiro de Janeiro. Porto, em 8 de abril de 1984.
  7. Revista Jornal Noticias, volume 56 . Porto, 1991, p. 16, 17, 18, 19, 20, 21
  8. Jornal Noticias. Porto, em 15 de outubro de 1992, ultima pagina.