A
Opera de Paris
(em frances:
Opera de Paris
) e a primeira companhia de
opera
de
Paris
, Franca. Tendo seu nome oficial de Opera Nacional de Paris. Foi fundada em 1669 por
Luis XIV da Franca
como Academia de Opera (
Academie d'Opera
) e rapidamente se tornou Academia Real de Musica (
Academie Royal de Musique
). A companhia produz suas operas, primeiramente, no moderno teatro
Opera da Bastilha
, inaugurado em 1989 e bales no antigo
Palais Garnier
, que foi inaugurado em 1875.
Em 28 de junho de 1669, o rei
Luis XIV
concedeu um privilegio de doze anos a Pierre Perrin para montar a Academia de Opera, para performances de operas francesas. Ele foi o responsavel por fazer a opera mais conhecida ao publico, nao so em
Paris
, mas em outra cidades e vilarejos do reino da
Franca
. Por ter apenas o valor dos ingressos, como subsidio financeiro, sem uma ajuda real, a Opera teve o privilegio de por "pieces de thelllatre en musique" (pecas de teatro na musica", com o direito que nenhuma outra teve, sem antes ter autorizacao de seus proprietarios).
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Perrin converteu o tenis Bouteille em uma instalacao retangular, com disposicao de equipamentos, de palco e cenarios, com uma capacidade de 1200 espectadores. Sua primeira opera foi
Pomone
com musica de
Robert Cambert
, inaugurada dia 3 de marco de 1671, com 146 performances. Um segundo trabalho
Les peines et les plaisires de l'amour
com
libreto
de Gabriel Gilbert e musica de Robert Cambert, foi apresentada em 1672.
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Mesmo depois do seu sucesso inicial e duas outras associacoes, Perrin foi acusado de fraude, foi preso e a forca teve que recusar o privilegio real, dia 13 de marco de 1672 ao
surintendant
de musica real,
Jean-Baptiste Lully
. A instituicao foi renomeada para Academia Real de Musica e tornou-se conhecida, simplesmente, por Opera. Em apenas um mes, Lully convenceu o Rei a expandir o privilegio, restringindo as comedias italianas e francesas a usarem apenas dois cantores, ao inves de seis e sex instrumentalistas, ao inves de doze. Por causa das dificuldades legais, Lully nao usou o Salle de la Bouteille e um novo teatro foi construido por Carlo Vigarani, o Rue de Vaugirard. Em 1684, Pierre Gautier comprou a autorizacao para abrir uma academia de musica em Marselha, sendo fundada tambem em
Lyon
,
Rouen
,
Lille
e
Bordeaux
nos anos seguintes.
Durante a gestao de Lully, os unicos trabalhos apresentados foram os dele mesmos. A primeira producao foi da pastoal
Les fetes de l'Amour et de Bacchus
(novembro de 1672) e sua
tragedie lyrique
, chamada de
Cadmus et Hermione
(27 de abril de 1673).
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Apos a morte de
Moliere
em 1673, a companhia de teatro de Moliere fundiu-se com os musicos no Theatre du Marais, para formar o Theatre Guenegaud (no mesmo teatro que foi usado pela Academia de Opera). Em 1680, a companhia fundiram-se novamente com os musicos do Hotel de Bourgogne, formando a Comedia Francesa. Em 1641, um teatro desenhado por Jacques le Mercier foi inaugurado, podendo acomodar de 6 a 8 mil pessoas, tendo uma boa acustica. Lully desejava um teatro melhor e conseguiu convencer o rei a deixar que ele usas-se um do Palais-Royal para sua reforma. O teatro no
Palais Royal
foi alterado no periodo de tempo entre 1660 e 1671, mas Lully, com 3 mil libras que ele recebeu do Rei, era capaz de ter feito novas mudancas em 1674, com Vigarani. O teatro contava com capacidade para 1270 espectadores: um plateia para 600 pessoas em pe, um anfiteatro com 120 lugares e camarotes podendo acomodar 550 pessoas. A primeira producao do novo teatro foi
Alceste
, do proprio Lully, em 19 de janeiro de 1674. A opera foi severamente atacada por aqueles que foram atingidos pela resrticao que Lully causou.
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Apos a morte de Lully em 1687, o numero de novas obras por ano quase duplicou, uma vez que seus sucessores (Pascal Collasse, Henri Desmarets, Andre Campra, Andre Carinal Destouches e Marin Marais) tiveram maior dificuldade para manter o interesse do publico. Reviveram muitas obras de Lully. Um dos mais importantes trabalhos apresentados durante esse periodo foi uma opera-bale, de Andre Campra, chamada
L'Europe galante
, apresentada em 1697.
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Com a
Revolucao Francesa
e a fundacao da Republica, a companhia foi renomeada para Teatro da Republica e das Artes (Theatre de la Republique et des Arts) e em 1794 mudou-se para o Theatre de la rue de la Loi, com capacidade para 2 800 pessoas.
Napoleao Bonaparte
tomou o controle da companhia em 1802 e com a declaracao do Imperio Frances em 1804, renomeou a companhia para Academia Imperial de Musica.
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Com a
Restauracao francesa
em 1814, a companhia foi renomeada novamente, para Academia Real de Musica. Ela tornou-se parte da Academia des Beaux-Arts em 1816. Em 1821 mudou-se para o Salle Le Peletier, que tinha capacidade para 1900 pessoas, permanecendo la ate a destruicao do mesmo, em um incendio em 1873. Na segunda metade do
seculo XIX
, com a ascensao de
Napoleao II
em 1851, o nome Academia Imperial de Musica foi novamente usado e apos 1870, com a formacao da
Terceira Republica Francesa
, a companhia mudou para Teatro Nacional da Opera.
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Em 1875, a instituicao ocupou uma nova residencia, o Palais Garnier.
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Em 1939 a Opera foi fundida a Opera Comica e a nova companhia tornou-se a Reuniao dos Treatros Liricos da Opera de Paris (
Theatre national de l'Opera de Paris
) que funcionou entre 1973 e 1980, mas em 1976, a Opera Comica foi restaurada. Em 1990, a Opera mudou-se para a Opera da Bastilha, tornando-se a Opera de Paris. Em 1994, a companhia tornou-se a
Opera Nacional de Paris
.
Atualmente a Opera de Paris recebe em seus palcos os principais espetaculos de danca, teatro e musica do mundo, e mantem uma escola e uma companhia de danca. A companhia "Paris Opera Ballet" e mundialmente conhecida e respeitada, alem de ser a mais antiga e tradicional e tambem uma das maiores, em que praticamente todos os grandes ballets de repertorio ja foram reproduzidos e por onde maioria dos principais nomes da danca passaram.
Foi citada no livro "O Fantasma da Opera" de
Gaston Leroux
. O escritor aproveitou um incidente com o lustre do teatro e escreveu uma das historias mais lidas do mundo.
Referencias
- ↑
a
b
c
d
Hljlllarris-Warrick, Rebecca. "Paris. 2. 1669?1725" in Sadie (1992)
3
: 856.
- ↑
Harris-Warrick, Rebecca (1992). "Paris. 2. 1669?1725" in Sadie (1992)
3
: 856?857.
- ↑
"Book Reviews:
Napoleon et l'Opera: La politique sur la scene, 1810?1815
by David Chaillou."
The English Historical Review
122
(496): 486?490 (2007). doi:10.1093/ehr/cem021.
- ↑
Charlton, David (1992). "Paris. 4. 1789?1870." in Sadie (1992)
3
: 866?867.
- ↑
Langham Smith, Richard (1992). "Paris. 5. 1870?1902." in Sadie (1992)
3
: 874.