Em 1782, Joao Batista nasceu no municipio paraense de Acara,
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filho de Mateus Goncalves e de dona Maria Bernardo de Campos, foi ordenado em
1805
, destacou-se como sacerdote.
Foi um importante ativista
politico
da historia do que atualmente e o estado do
Para
, desde a epoca que antecedeu a
Independencia do Brasil
ate as lutas
partidarias
que culminaram com a explosao do movimento da
Cabanagem
(
1835
-
1840
), ocorrido durante o
periodo da regencia provisoria
.
Segundo o historiador paraense Ernesto Cruz, o conego Batista Campos e considerado o autor intelectual do movimento da Cabanagem.
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Que incentivou a resistencia contra o governador da provincia
Bernardo Lobo de Sousa
, por isso escondeu-se no interior da
Provincia do Grao-Para
(1821 ? 1889), para escapar as perseguicoes do governo.
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Redigiu o primeiro jornal publicado na capital paraense
Belem
, chamado "
O Paraense
", e a seguir foi escrito no jornal "
O Publicador Amazonense
".
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Na administracao publica, foi vice-presidente do
Conselho do Governo da Provincia
e fez parte da
Junta Provisoria do Governo
, no periodo de
18 de agosto
de
1823
a
30 de abril
de
1824
. Por ordem do militar
John Grenfell
, foi amarrado a boca de um
canhao
aceso no dia
17 de outubro
de 1823.
Em
1834
, ao fazer a barba Batista Campos cortou-se profundamente em uma espinha no rosto usando uma
navalha
. Este ferimento
infeccionou
(provavelmente acentuado pelas condicoes geograficas da
Amazonia
) e, somado a grande perseguicao sofrida por tropas do governo o que ocasionou a morte de Batista Campos em 31 de dezembro de
1834
. Seu corpo foi enterrado na Vila de Barcarena e, mais de 150 anos depois, em 1985, seus restos mortais foram retirados do local de sepultamento, colocados em uma urna, e levados em carreata pela cidade de Belem, na comemoracao dos 150 anos da Cabanagem, sendo posteriormente carregados a um monumento comemorativo na capital paraense.
Em 14 de fevereiro de 1904 foi inaugurada a
Praca Batista Campos
uma homenagem dedicada pelo entao intendente do governo paraense
Antonio Lemos
Os restos de Batista Campos atualmente descansam na Igreja de Nossa Senhora de Nazare ou matriz, em Barcarena.
Na cultura popular
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Pouco se conhece sobre as origens de Batista Campos. Embora ele proprio tenha se destacado como um defensor dos humildes, o mais provavel e que seja oriundo das familias portuguesas mais tradicionais, possivelmente de um dos ramos da familia Campos que se estende de Belem ao Baixo Amazonas, a julgar por sua educacao, incomum no contexto do Grao-Para de fins do seculo XVIII e principios do seculo XIX.
Uma lenda recorrente entre os moradores de idade avancada da cidade de Barcarena, Belem e inclusive do Baixo Amazonas, descrevem Batista Campos como uma crianca solitaria e de poucos amigos. Conta-se que ele teria se perdido na floresta enquanto observava e seguia deslumbrado uma grande especie de gaviao quando foi encontrado por Domingos, um homem idoso que vivia recluso nos bosques. Da amizade entre os dois, Batista Campos passou a frequentar a casa de Domingos com quem aprendeu sobre politica, historia, filosofia e Matematica, tendo nascido a partir deste contato os conhecimentos do garoto sobre a realidade da provincia do Grao-Para, do Imperio Portugues, bem como suas conviccoes morais e eticas.
Tambem credita-se a morte de Batista Campos nao por uma fatalidade, mas sim por traicao, tendo sido a navalha com a qual se barbeava embebida intencionalmente em curare - veneno comum da America do Sul - por um de seus partidarios.
Referencias
Bibliografia
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- Ruas de Belem, Ernesto Cruz, Edicoes Cejup, 1992.
- Revista do aniversario de Barcarena, Bernardino Almeida, dez-2007